A gestão da Prefeitura de Itabaiana, comandada por Valmir de Francisquinho, voltou a ser alvo de fortes críticas nesta semana após um grupo formado majoritariamente por mães atípicas denunciar supostas irregularidades no processo de seleção do programa habitacional “Itabaiana Meu Lar”, vinculado ao Minha Casa, Minha Vida.
As mulheres afirmam que realizaram o cadastro, cumpriram todas as exigências legais, mas foram excluídas da lista de contemplados publicada no Diário Oficial na última sexta-feira, sem receber qualquer esclarecimento oficial.
Segundo os relatos, a prefeitura atribuiu à Caixa Econômica Federal a responsabilidade pelos critérios de seleção, enquanto representantes da própria Caixa teriam informado às famílias que a definição partiu diretamente do município, o que gerou ainda mais indignação e levantou questionamentos sobre falta de transparência e possível jogo de empurra entre os envolvidos. O grupo também denuncia que pessoas com imóvel próprio teriam sido contempladas, em desacordo com as regras do programa, enquanto famílias em situação de extrema vulnerabilidade ficaram fora da lista.
O programa prevê a entrega de 214 unidades habitacionais no Conjunto Serapião Antônio de Góis II, no bairro São Cristóvão. Diante do cenário, o grupo informou que irá levar as denúncias à Câmara Municipal e ao Ministério Público, cobrando investigação rigorosa e um sorteio público transparente, em um episódio que aprofunda o desgaste da gestão Valmir e expõe mais uma crise na condução de políticas sociais em Itabaiana.

