O prefeito Valmir de Francisquinho, que insiste em se apresentar publicamente como vítima de perseguição, segue acumulando episódios que expõem uma postura completamente oposta ao discurso que adota. Desta vez, o gestor reagiu de forma agressiva às denúncias feitas por um grupo majoritariamente formado por mães atípicas, anunciando a intenção de processar judicialmente as mulheres que cobram explicações sobre supostas irregularidades na seleção do programa habitacional “Itabaiana Meu Lar”, vinculado ao Minha Casa, Minha Vida.
A atitude foi encarada como uma tentativa clara de intimidar quem denuncia e silenciar críticas, em vez de prestar os devidos esclarecimentos à população.
As mães relatam que realizaram corretamente o cadastro, atenderam a todas as exigências legais, mas foram simplesmente retiradas da lista de beneficiários publicada no Diário Oficial, sem qualquer explicação oficial da prefeitura. Enquanto isso, a gestão municipal passou a jogar a responsabilidade para a Caixa Econômica Federal, alegando que os critérios de seleção teriam sido definidos pela instituição financeira. No entanto, representantes da própria Caixa informaram às denunciantes que a definição dos contemplados teria partido diretamente do município, abrindo um evidente conflito de versões e levantando suspeitas sobre a real condução do processo.
As denúncias se agravam com a informação de que pessoas com imóvel próprio teriam sido beneficiadas, contrariando frontalmente as regras do programa, enquanto famílias em situação de extrema vulnerabilidade foram deixadas de fora. O empreendimento prevê a entrega de 214 unidades habitacionais no Conjunto Serapião Antônio de Góis II, no bairro São Cristóvão, e deveria atender justamente o público hoje excluído.
A reação autoritária do prefeito provocou forte indignação nas redes sociais. Um comentário que repercutiu sintetizou o sentimento popular: “Valmir se diz ser vítima, mas ele que é o perseguidor. Imagina o que ele não estaria fazendo se tivesse sido eleito governador, estaria perseguindo as pessoas.”
Diante da gravidade do caso, o grupo de mães informou que recorrerá à Câmara Municipal e ao Ministério Público, exigindo investigação rigorosa, total transparência nos critérios de seleção e a realização de um sorteio público.

