Se existia alguma dúvida de que 2025 seria um ano perdido para a oposição, ela foi definitivamente enterrada nos últimos meses. O grupo mergulhou em uma guerra interna marcada por traições, denúncias e disputas de poder que deixaram claro que não há liderança, estratégia nem projeto comum. O que se vê é um amontoado de interesses pessoais disputando espaço em um bloco completamente desorientado.
A postura de Emília Corrêa simboliza bem esse cenário. Ao assumir para si o papel de líder absoluta, ela não apenas esvaziou Valmir de Francisquinho, como passou a tomar decisões unilaterais que ampliaram o racha interno. A exclusão de Adailton Sousa da disputa ao Senado foi apenas mais um capítulo de uma condução política marcada pela centralização extrema e por erros de avaliação que custaram caro ao grupo.
Mas a instabilidade não se limita a esse eixo. A guerra pelo comando do PL foi outro retrato fiel do caos oposicionista. Rodrigo Valadares deu um golpe fatal em Edivan Amorim, tomou o controle da legenda e escancarou que alianças internas nunca passaram de conveniência momentânea. Edivan, derrotado, teve que buscar abrigo em um partido menor, simbolizando o esvaziamento completo de sua influência política.
Como se não bastasse, o grupo ainda carrega o peso de condenações judiciais, crises administrativas em Aracaju e rompimentos públicos que minaram qualquer discurso de renovação.
Valmir, novamente condenado, viu suas pretensões majoritárias praticamente ruírem. Emília, desgastada, enfrenta uma gestão turbulenta. Rodrigo ampliou o racha. O saldo é inequívoco: a oposição sai de 2025 menor, mais fragmentada e sem qualquer perspectiva real de unidade para 2026.

