Em meio a um turbilhão de vaidades e reviravoltas, o itabaianense tenta recuperar o posto de líder que perdeu para Corrêa
A guerra interna na oposição sergipana ganhou um novo capítulo, e dos mais ruidosos. Após ter sido escanteado por Emília Corrêa e assistir à prefeita da capital assumir o protagonismo político que antes era seu, Valmir de Francisquinho agora tenta atropelar a gestora e reassumir o controle do grupo oposicionista.
Como lembrou a Revista Realce, desde que chegou à Prefeitura de Aracaju, a prefeita tomou as rédeas do grupo, isolando antigos nomes de peso, inclusive o próprio Valmir e o vice-prefeito Ricardo Marques, que também acabou afastado do núcleo principal da gestão.
Agora, o “Pato” parece disposto a dar o troco. Valmir tem se movimentado intensamente para alinhar uma nova ala da oposição, atraindo figuras que também se sentiram traídas ou deixadas de lado pela prefeita. O movimento ganhou força após o itabaianense confirmar sua saída do PL e entrada no Podemos, em busca de liberdade para articular fora da sombra de Emília.
Na segunda-feira, 10, ele se reuniu com Ricardo Marques em um almoço, que teve o claro objetivo de reconstruir pontes e sinalizar um novo eixo oposicionista, desta vez, sem espaço para a prefeita. A cena, que rapidamente repercutiu nos bastidores, acendeu o alerta no grupo de Emília, que teme ver sua liderança desmoronar tão rápido quanto surgiu.
Vale lembrar que a relação entre os dois, Valmir e Emília, nunca foi pacífica. Em 2022, o itabaianense barrara a tentativa de Emília disputar o Governo do Estado, mesmo estando inelegível, gesto que marcou o início do distanciamento político entre ambos. Agora, o cenário se inverte: com a prefeita enfrentando críticas de aliados e tropeços na administração, Valmir surge tentando reocupar o espaço de líder natural da oposição.

