O senador Rogério Carvalho (PT/SE) voltou a se destacar no debate nacional ao analisar, em entrevista ao vivo ao UOL News, os efeitos do PL Antifacção aprovado pela Câmara dos Deputados. De forma firme e técnica, o parlamentar apontou inconsistências no texto e alertou que, da forma como está, o projeto pode gerar insegurança jurídica e abrir brechas que fragilizem o combate ao crime organizado. Para ele, é papel do Senado corrigir essas falhas e garantir uma legislação sólida e eficaz.
Durante a entrevista, o senador afirmou que a proposta contém conceitos abertos e imprecisos, como a definição de “situação criminosa ultraviolenta”, o que permitiria interpretações amplas e até favoráveis a organizações criminosas. “Isso vai deixar muito imprecisa a atuação do Judiciário e dar margem para favorecer a bandidagem”, alertou.
Rogério também destacou que, diante dessas inconsistências, a tendência é que parte do texto seja judicializada, chegando ao Supremo Tribunal Federal. “Vários dispositivos devem ser questionados por inconstitucionalidade. O tema vai acabar na Justiça”, explicou.
Para aprimorar o projeto, o senador defendeu que a tramitação no Senado seja mais transparente, com audiências públicas, participação da sociedade e debate amplo sobre os impactos da proposta. Rogério reiterou que é preciso evitar interferências políticas que tentam modificar leis para beneficiar investigados ou prejudicar a Polícia Federal. Com isso, reforçou seu compromisso com a democracia, a legalidade e a responsabilidade no enfrentamento ao crime organizado.

