Dados do 4º Levantamento Rápido de Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, divulgados na última terça-feira (22) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), revelam um alerta importante para a saúde pública em Sergipe. Nove municípios apresentaram alto risco de infestação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
As cidades com índice superior a 4,0, o que caracteriza alto risco, são:
- Cedro de São João (4,0)
- Barra dos Coqueiros (4,1)
- Riachão do Dantas (4,3)
- Malhador (4,6)
- Santa Luzia do Itanhy (4,8)
- Itabaiana (5,5)
- Cumbe (6,1)
- Simão Dias (6,3)
- Nossa Senhora da Glória (6,6)
Outros 44 municípios foram classificados com médio risco (índice entre 1,0 e 3,9), 21 com baixo risco (índice de 0 a 0,9), e apenas um município não realizou o levantamento.
Ferramenta estratégica para o controle da dengue
A gerente de endemias da SES, Sidney Sá, explicou que o LIRAa é uma ferramenta essencial para identificar áreas críticas e intensificar as ações de combate ao vetor. “É observado os potenciais criadouros, locais onde o mosquito se prolifera com maior frequência. A partir desses dados, são desenvolvidas atividades de prevenção como visitas domiciliares, atividades educativas e palestras em escolas”, afirmou.
O levantamento permite aos gestores municipais traçarem estratégias mais eficazes, baseadas na realidade de cada localidade.
Prevenção é essencial
O Aedes aegypti se reproduz em locais com água parada, como vasos de plantas, pneus, caixas d’água e outros recipientes. A mobilização da população é essencial para eliminar esses focos e interromper o ciclo de reprodução do mosquito.
Além disso, Sergipe conta com a vacinação contra a dengue, direcionada a crianças de 10 a 14 anos, que está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Aracaju, Laranjeiras, Divina Pastora, Riachuelo, Barra dos Coqueiros, Itaporanga d’Ajuda, São Cristóvão e Santa Rosa de Lima, conforme os critérios do Ministério da Saúde. A vacina é quadrivalente, protegendo contra os quatro principais sorotipos do vírus.
Outra medida de reforço é o uso do carro fumacê, que atua na eliminação do mosquito na fase adulta. No entanto, os especialistas alertam: o fumacê não substitui a prevenção diária feita em casa.
Sintomas e cuidados médicos
Os sintomas mais comuns das doenças transmitidas pelo Aedes incluem febre, dores de cabeça, dores no corpo e mal-estar. Em caso de sinais mais intensos, como dor abdominal persistente ou sangramentos, é fundamental procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). A SES reforça a orientação contra a automedicação, especialmente com o uso de anti-inflamatórios e medicamentos à base de ácido acetilsalicílico, que podem agravar o quadro clínico da dengue.
Fonte: Portal Itnet