Toda a encenação recente de Valmir de Francisquinho (PL), cobrando reconhecimento e tentando vender uma narrativa de ingratidão por parte de Emília Corrêa (PL), esconde, na verdade, o que todo mundo que acompanha política já sabe: ele é o verdadeiro vilão da história.
A prefeita Emília, na realidade, só foi agradecer pelo apoio cerca de oito meses depois das eleições porque estava tentando fazer o que ele nunca conseguiu: unificar a oposição e fortalecer o próprio sistema que ela vem estruturando sob o comando de Edvan Amorim.
O início desse conflito tem data, nome e endereço: foi em 2022, quando Valmir, mesmo inelegível, escolheu agir com vaidade, ignorando um clamor popular claro para que ele abrisse mão da candidatura ao Governo e lançasse Emília Corrêa como cabeça de chapa. Preferiu insistir na própria candidatura, teve os votos anulados no primeiro turno e ainda agravou a crise no segundo turno, quando, de forma incoerente, apoiou o então candidato do PT.
Esse movimento, inclusive, rendeu a ele um desgaste gigantesco, principalmente com a direita independente e com o eleitorado bolsonarista, que nunca mais engoliu sua postura. De lá pra cá, Valmir tenta se reaproximar, mas nunca assumiu publicamente a responsabilidade pelos próprios erros, pelo contrário, segue apostando no velho discurso vitimista, quando, na prática, foi ele quem colocou todo esse cenário de desgaste e divisão dentro do próprio grupo.
Se hoje ele se queixa de mágoa, falta de reconhecimento ou espaço, a verdade é que ele está apenas colhendo os frutos de decisões erradas, feitas lá atrás, quando escolheu a vaidade e o jogo individualista em detrimento de qualquer projeto coletivo.